sábado, 23 de janeiro de 2010

A arte que não cabe numa coisa só


Estava em Pirenopólis no último fim-de-semana com o Vida Seca para apresentação e oficina, quando alguém me recordou de um trabalho maravilhoso que possui algumas semelhanças com o nosso. Trata-se do fantástico circo teatro Udi Grudi, de Brasília.

A lembrança veio pois eles usam assim como nós instrumentos feitos com sucatas, mas com uma diferença fundamental: eles são construtores de instrumentos e nós catadores de sons. Digo isso pois nós do Vida Seca não construimos muito, mas sim usamos as coisas como são, batemos e se o timbre nos agradar usamos. Já o Udi Grudi constroi criativos instrumentos, bolados pelo Márcio, que descobrimos, mora em Piri. Logo logo vamos atrás dele.

Outra coisa notável neste grupo é a maneira como a música, o teatro e o circo se integram perfeitamente, forjando uma comunicação universal, em espetáculos que comunicam sem precisar de qualquer palavra. Não é à toa que já se apresentaram em 16 países ao redor do mundo. Realmente inspirador, principalmente pra nós.

Eu tive a oportunidade de ve-los ao vivo, quando apresentaram o espetáculo O Cano, durante uma das edições do Festival do Teatro Ritual aqui em Goiânia. Simplesmente genial, totalmente cativante e bem humorado. É impressionante ver como tudo é cheio de energia cênica, dos corpos dos atores ao cenário, que é usado como instrumento musical, como ferramenta para o humor. Com certeza das melhores obras de arte que pude sentir em minha vida. Uma arte que não cabe numa coisa só.

Para conhecer melhor essa trupe, entre em seu site oficial, http://www.circoudigrudi.com.br

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