sexta-feira, 30 de abril de 2010

Os sons e movimentos do final da semana...

Chegou a sexta, e as ondas sonoras e os corpos se movimentam pela cidade com mais intensidade. No Centro Cultural Eldorado dos Carajás tem samba, com o grupo No Começo do Samba. Eu nunca tinha ouvido falar deles, mas na apresentação que li diz que eles desenvolvem seu trabalho desde os anos 80.

No Circo Lahetô - mais uma vez como palco para vários genêros musicais - tem a festa Do Samba do Rock com as bandas Pedra 70, com seu revival do rock brazuca anos 70, e a Zé Queixinho, revisitando o samba rock. Animadíssimo.

Os Passarinhos do Cerrado se apresentam no Goiânia Ouro e as atividades ligadas ao Dia da Dança continuam até o domingo.

Amanhã, Dia do Trabalhador, vão haver atividades promovidas pela CUT, aparentemente mais voltadas à recreação do que à reflexão ou o protesto. Na Praça do Trabalhador vão acontecer shows dos artistas goianos Lucas e Diogo, Pedra 70 e Zé Queixinho - olha eles ai de novo - e pra encerrar Geraldo Azevedo e Chico Cesár.

Tem até Alexandre Pires gente...e certamente muito coisa por ai que não está aqui. Siga o sons e os movimentos.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Passarinhos em cena


E não é só de coco que vivem os Passarinhas do Cerrado. Nesta quinta e sexta o grupo volta a apresentar o espetáculo A Peleja da Menina que Caiu em Conversa de Passarinho, no Centro Cultural Goiânia Ouro.

Não vi o trabalho, mas pelo que já conversei com a galera, ele remete ao inicio do trabalho dos Passarinhos, com enfâse na cantigas de roda e no universo infantil. Uma nova guinada mirando as origens.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Dança em Territórios


Movimento Dança, Dança Movimento...

Nóbrega faz ode à música brasileira


Antônio Nóbrega é um desses artistas que podem ser considerados puristas. Para ele não há espaço em sua obra para hibridismos, principalmente com a música pop, como fazem muitos artistas da música brasileira de hoje em dia considerados "descolados". Essa postura, herança do Movimento Armorial, rendeu-lhe inclusive polêmicas com a turma do Mangue Beat, a quem ele nunca admirou muito e, diga-se, parece que a recíproca é verdadeira.

Seu show de ontem no Música no Campus é a prova de seu amor, em sua próprias palavras, e acima de tudo, compromisso com a música brasileira em sua essência. Frevo, baião, xaxado, coco, ciranda, maracatu, choro e samba foram os pontos de parada dessa viagem por nossa música.

É claro que a enfâse foi dada ao sons da região nordeste, pois ai reside sua origem, sua história. Um passeio saboroso pela obra de Jackson do Pandeiro marcou o inicio da catarse dançante que se tornaria o show dali em diante. Houve espaço para Nelson Cavaquinho e Ernesto Nazareth.

Escudado por uma banda perfeita, Nóbrega fez seu espetáculo à parte, tocando viola clássica, bandolim, cantando e dançando com um vigor invejável. Interagiu com o público, descendo do palco e dançando alegremente.

Independente de ser purista, de ter uma opinião controversa sobre o que é música de qualidade, Nóbrega impõe respeito pois é um artista honesto e coerente com o que acredita, com a arte que se propõe a fazer. Em uma palavra: encanta.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Projeto 96 oferece oficinas gratuitas


Boa notícia! Quer fazer oficina de teatro? de dança? de circo? É o que oferece o Projeto 96, produzido pela Lúdica Eventos e Projetos Culturais e realizado pelo Circo Lahetô, Cia Teatral Nu Escuro e Grupo Solo de Dança.

E o melhor, tudo de graça. Bela iniciativa, a cidade agradece.

Antônio Nobrega em Goiânia, no Música no Campus


E por falar em Movimento Armorial, ai está seu mais legítimo herdeiro em atividade, Antônio Nobrega, que vem a Goiânia para se apresentar na abertura da temporada 2010 do interessante projeto Música no Campus.

Agora estou esperando eles trazerem alguém mais iconoclasta, no caso, Tom Zé, artista que tem lançado trabalhos incríveis mas que ninguém se anima em traze-lo pra Goiânia. No inicio deste ano em entrevista que participei na rádio Universitária ao lado do maestro Jarbas Cavendish, da banda Pequi, e que sei que é um dos curadores do evento, joguei-lhe a ideia de trazer o homem. Quem sabe...

domingo, 25 de abril de 2010

Sertão abre temporada 2010 do projeto Segunda Aberta


O grupo Sertão é a atração da abertura da temporada 2010 do projeto Segunda Aberta, que ocorre no Centro Cultural Goiânia Ouro.

O Sertão surgiu há cerca de 4 anos, formado por Jefferson Leite na viola clássica e rabeca, Olavo Telles na viola caipira e Luís Clímaco no violão. Passaram pela percussão Flavinho, Sérgio Pato e hoje quem assume o ritmo é Edilson Morais.

Me lembro de quando vi o primeiro show deles, no Festival de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, em 2007. Logo lembrei do movimento Armorial, que os influencia bastante, mas o que mais marcou foi a mistura da sonoridade da viola caipira do centro-oeste com o som da rabeca nordestina, além das composições próprias. De lá pra cá o trabalho só melhorou e hoje eles são dos principais representantes da música instrumental brasileira em Goiás.

Sobre o Segunda Aberta, é um projeto muito legal, que dá espaço para vários músicos num dia meio morto culturalmente, a segunda-feira. Ele já existe desde os anos 80, quando era realizado em bares da cidade. Nos últimos anos voltou a ser realizado no Goiânia Ouro, com a coordenação do incansável Carlos Brandão.

Eu já tive a oportunidade de tocar lá duas vezes, com o Vida Seca e a Minadágua, e no dia 17/05 estarei lá novamente com a Pó de Ser.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Chegou a sexta e com ela...


vem a 3ª edição da Virada do Samba, evento que vem aglutinando várias bandas da cidade que se dedicam ao gênero musical que todo brasileiro adora, com exceção dos doentes do pé. Mais um vez o picadeiro desse espetáculo será o hoje badalado e sempre agradável espaço do Circo Lahetô, a partir das 22 horas.

Tem também mais teatro com II Festival Nacional de Teatro de Goiânia, que continua com sua programação e vai nos trazer música depois das peças, com meu amigo Diego de Moraes no café do Goiânia Ouro, também a partir das 22 horas.

Acabou de começar no Centro Cultural Eldorado dos Carajás a apresentação de outros amigos, o pessoal do grupo Sertão, com seus forrós, baiões, catiras e modas. Ê trem bão!

E por fim a minha satisfação de ter visto ontem o espetáculo do Circo Teatro Udi Grudi, Devolução Industrial, muito lúdico, divertido e com as suas incríveis engenhocas musicais que já tinham me encantado quando assisti O Cano, outro trabalho genial desta turma de Brasília.

Bons ares para este fim de semana...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dúplice é múltiplo


Assisti ontem ao espetáculo Dúplice, dos artistas Rodrigo Cruz e Rodrigo Cunha, na programação do II Festival Nacional de Teatro de Goiânia. O teatro estava lotado, mais uma mostra de que a cidade possui plateia cativa para as artes cênicas, fato que pude perceber nos últimos festivais que frequentei.

Essa platéia, eu incluso, se encantou com as múltiplas sensações que este trabalho experimental nos causou. Desde aquele estranhamento e distanciamento que podemos sentir com a dança contemporânea até o riso e entrega que temos diante dos palhaços. Outros aspectos fundamentais e surpreendentes são a sonoplastia e a trilha sonora, produzidas pelas bocas e corpos dos protagonistas. São fantásticas as cenas em que os dois, de costas para o público, produzem sons e coreografias que se complementam. Em alguns momentos parecem duas crianças brincando, em uma disputa imaginária, cheia de ludicidade.

Ainda na fila do ingresso, uma moça comentou com sua amiga: "esse espetáculo não é de teatro, é de dança...não estou muito afim de ver dança...". Esse sentimento é até normal, afinal, trata-se de um festival voltado ao teatro. Mas o fato é que Dúplice não é um espetáculo de dança, nem de teatro. Podemos ver em cena elementos destas duas linguagens artísticas, não estancados, mas sim numa simbiose, e é exatamente nesta indefinição que reside toda a força do trabalho. Somos levados a um lugar onde não é uma linguagem definida que nos envolve, mas sim essa situação de transitoriedade em que várias sensações são experimentadas, desde os estímulos sonoros, cinestésicos, até o humor mais bobo, físico, que comunica de maneira tão incrivel com a platéia, sem a necessidade de qualquer palavra.

Dúplice é das coisas mais surpreendetes, divertidas e criativas que eu já vi nas artes cênicas.

Curtas e debates

Duas iniciativas muito boas do II FNTG são a mostra de cenas curtas, que acontecem antes e depois do espetáculos principais, e os debates sobre estes que acontecem logo após a última sessão, no cinema do Goiânia Ouro. Um trabalho importantissimo para a formação de público, troca de experiências entre artistas e para que a platéia possa dar suas impressões e as vezes buscar uma melhor compreensão dos processos que levaram a construção do que viram no palco. Parabéns aos organizadores.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Respeitável público! Circo Teatro Udi Grudi amanhã!


Um dos espetáculos de artes cênicas mais marcantes da minha vida foi O Cano do fantástico Circo Teatro Udi Grudi, de Brasília. Misturando técnicas de palhaço, mímica, teatro físico, música e engenharia(pode acreditar), conseguiram criar uma peça genial, que envolve e encanta de adultos a crianças.

Agora, nesta segunda edição do Festival Nacional de Teatro de Goiânia, eles apresentam seu novo espetáculo, Devolução Industrial. Procurei informações a respeito, mas não encontrei, nem no endereço eletrõnico do grupo, o que me deixou ainda mais curioso. Vão ser 3 sessões, amanhã às 15 e 21 horas, e sexta-feira às 10 horas, no teatro do Centro Cultural Goiânia Ouro.

Hoje vou assistir ao espetáculo goiano Dúplice, com os Rodrigos Cruz e Cunha, que já ouvi falar muito bem, mas ainda não assisti. Daqui a pouquinho inclusive...

terça-feira, 20 de abril de 2010

Festa de aniversário dos Passarinhos do Cerrado, HOJE!


Me lembro de quando surgiram os Passarinhos do Cerrado, que durante muito tempo pra mim eram as passarinhas, devido ao grande número de moças participando. Era uma proposta mais voltada às cirandas e cantigas de roda, elaborada como um espetáculo de rua.

Passaram-se 4 anos e a proposta mudou bastante. Várias e vários integrantes que passaram por lá se foram e o grupo se firmou com os 6 integrantes atuais, 2 moços e 4 moças. Mudaram também o foco para o côcô pernambucano, mas com uma peculiaridade: letras que falam de Goiás e do Cerrado. Também abandonaram o formato de espetáculo de rua e passaram a se apresentar em palcos.

Foi uma mudança interessante. O grupo se consolidou no cenário goianiense de resgate da cultura popular brasileira e desenvolveu esta forma de hibridismo, unindo um ritmo que não é caracteristico da nossa região com uma poética que trata sobre ela. Hoje eles comemoram a consolidação desta trajetória e convidam os amigos e parceiros para celebrar, acima de tudo, a cultura popular deste grande país.

domingo, 18 de abril de 2010

Festival Nacional de Teatro em Goiânia


Mais um evento que vem se consolidando no movimentando cenário das artes cênicas goianiense, o II Festival Nacional de Teatro de Goiânia, organizado pela Cia Teatral Oops!, acontece em diversos palcos da cidade entre os dias 18 e 25 deste mês.

Entre os destaques da programação o novo espetáculo do Circo Teatro Udi Grudi, de Brasília, Devolução Industrial, além de vários grupos dos estados de São Paulo, Ceará, Bahia e Distrito Federal.

Destaque também para os espetáculos goianienses, como o premiado Dúplice, com Rodrigo Cruz e Rodrigo Cunha.

O Festival traz artistas convidados, mas também possui uma mostra competitiva, que vai distribuir prêmios para aqueles que forem escolhidos como os melhores espetáculos.

Saiba mais no endereço eletrônico http://ciaoops.blogspot.com/

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Música instrumental brasileira nesta sexta


Uma sexta-feira interessante para quem aprecia a riquissíma música instrumental brasileira. No bar Portinha, no setor Sul, se apresenta meu amigo, o violonista Danilo Verano, que além de tocar composições de grandes nomes do violão brasileiro apresentará também suas belissimas composições próprias.

Já no Centro Cultural Eldorado dos Carajás teremos o choro do grupo Alma Brasileira, um dos principais representantes do gênero em Goiânia e impulsionador do projeto Grande Hotel revive o choro, que infelizmente não existe mais.

Para esta apresentação, o fundador do grupo, Oscar Wilde, promete um "’recital didático-informativo e cultural" apresentando um panorama da história do choro.

Quando ? 19:30 - Sexta-Feira, 16 de abril
Gênero ? Chorinho e Samba
Local ? Centro Cultural Eldorado dos Carajás, Av. 83, nº 421, Setor Sul
Fone ? 62 3218-2986

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Carlos Malta e índios Krahô interagem no Martin Cerêrê, HOJE!!!

Uma ótima notícia de última hora, repassada por minha amiga Adriana. O músico Carlos Malta estará interagindo musicalmente com os índios do povo Krahô, hoje, às 20 horas, no Teatro de Arena do Martin Cerêrê, com entrada franca.

Esse evento faz parte da programação da Semana dos Povos Índigenas.

Show: Intercultural Inkre’r
Data: Quarta-feira, 14 de abril
Local: Teatro de Arena do Centro Cultural Martim Cererê
Horário: 20 horas
Entrada franca
Realização: PUC – GO
Apoio: Agepel

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Audiência Pública sobre Lei de Incentivo à Cultura

Uma importante notícia para todos e todas artistas e demais pessoas envolvidas com a arte e a cultura em Goiânia.

Será realizada uma audiência pública para discutir a Lei de Incentivo à Cultura, nesta quarta-feira, dia 14 de abril, às 15 horas, no auditório Jaime Câmara da Câmara Municipal de Goiânia.

Lembrando que no mesmo dia, até as 17 horas, encerra-se o prazo para inscrições de projetos para a mesma Lei.

Resumo da Ópera


Uma ótima notícia postada no blog Minadágua e que eu repercuto aqui. A banda Triêro disponibilizou para ser baixado em seu blog o Resumo da Ópera, ou seja, os três trabalhos que possuem registrados em cd: Voz de Todas as Línguas, Ópera de uma Vida Seca e Trem que Cansa é Andar na Linha.

Para quem aprecia a música brasileira é um prato cheio. Vai lá e baixe http://www.triero.wordpress.com/

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Festival Curralim em Itaberaí


Uma boa iniciativa para levar um pouco de diversidade musical ao interior de Goiás, o Curralim Rock Festival acontece em sua primeira edição, na cidade de Itaberaí, que fica a 102 Km de distância de Goiânia.

Mesmo voltado a um único estilo musical, o rock and roll, o festival traz alguns nomes que ultrapassam as barreiras do gênero, flertando com outras possibilidades, como Diego de Moraes e o Sindicato, que possui ecos da vanguarda paulistana entre outras coisas; DDO, que mistura guitarras com as percussões da tradição popular brasileira; e Torre de Jamel, que traz um caldeirão com sonoridades do jazz, do samba, da música raiz de Goiás e elementos da música eletrônica.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Oficina Cultural Geppetto neste fim de semana

Neste fim de semana serão realizadas as pizzadas culturais de abril da Oficina Cultural Geppetto. Nesta edição se apresentam o grupo musical Fé Menina, na sexta-feira, e Sapequinha, o mágico ecológico, no sábado.


Apresentação: FéMenina Conosco
Grupo: FéMenina
Data: 09 de abril de 2010 – sexta feira
Horário: 20 h serviço e 22 horas apresentação


Apresentação: Sapequinha - O Mágico Ecológico
Grupo: Sapequinha e sua Trupe
Data: 10 de abril de 2010 – sábado
Horário: 20 h serviço e 21:30 horas apresentação


Local das apresentações: Oficina Cultural Geppetto, Rua 1013 n. 467, Setor Pedro Ludovico
Contribuição: R$ 20,00 adultos e R$ 10,00 crianças até 12 anos, inclui pizza, suco, refrigerante e a apresentação
Informações: 3241 8447

terça-feira, 6 de abril de 2010

Diego de Moraes e o Sindicato na Fiction, nesta quinta


Me lembro de quando ouvi pela primeira vez o som do Diego de Moraes, não ao vivo, mas na realidade um cd que, se não me engano, foi lançado somente por ele, com capinha de papelão. Me recordo que a primeira coisa que pensei foi que o som me remetia ao Raul Seixas. Uma visão simplista que com o tempo se desfez, quando pude perceber todas as demais influências e também a originalidade desta grande figura que hoje tenho o prazer de ter como colega na banda Pó de Ser.

Devo confessar que incrivelmente eu nunca vi um show do Diego com o Sindicato. Vi somente ele sozinho, no 1º Encontro de Cantautores, em 2007, no Alternativo Bar. No último Goiânia Noise tentei assistir, mas não deu. Agora estou tentado a ir na Fiction ve-los pela primeira vez, eles que são das grandes revelações dos últimos anos da música goiana e estão lançando em breve seu primeiro albúm.

Roque Fanque Brasil no Club Fiction

Show de Diego e o Sindicato.

Data: Dia 8 de Abril, Quinta-feira.

Hora: 22h30.

Local: Club Fiction - Rua 87, nº 536, Setor Sul.

* Discotecagem: Pablo Kossa, João Lucas e Ivan Pedro.

Ingresso
* Masculino: R$ 20,00
* Feminino: R$ 10,00

Até as 00h ou 100 primeiros com o nome na lista: lista@clubfiction.com.br


Cortesias podem ser adquiridas entrando em contato pelo twitter http://twitter.com/fosforocultural

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Vivo!

Ontem fui conferir a festa Móveis convida promovida pela banda brasiliense Móveis Coloniais de Acaju em parceria com a Fosfóro Cultural. Trata-se de uma iniciativa muito interessante, iniciada em Brasília, onde a banda anfitriã convida outros grupos para compor o evento produzido por ela. Deu tão certo que eles agora vem realizando em várias cidades do país, a terceira vez aqui em Goiânia, desta vez com os convidados Umbando, Radiocarbono e Tirowillians(DF).

Cheguei tarde ao evento que iniciou cedo, coisa rara para Goiânia, e acabei pagando 20 reais, que achei caro, assim como a cerveja a 3 reais a lata. O show do Umbando estava acabando, e assisti somente o do Móveis, que possui um dos shows mais animados que já vi. Eu os tinha assistido no último Goiãnia Noise, com o Martin Cerêrê transbordando de gente, mas me pareceu que ontem as pessoas estavam ainda mais eufóricas. Elas cantavam todas as letras e pulavam sem parar.

Em comparação a quando ouvimos seu cd em casa, sua apresentação ao vivo realmente está em outro patamar. É um banda que funciona muito, mas muito melhor, no palco. O vocalista tem muito carisma e animação, os metais, que pra mim são a alma da banda, tem grande presença e protagonizaram excelentes solos. Na verdade todos os músicos são muito desenvoltos e existe um equilibrio muito bom em relação à presença de palco de todos. O que mais me chamou atenção no repertório foi uma versão para Como Vovó já dizia, de Raul Seixas e Paulo Coelho, imagino que uma resposta ao onipresente pedido "toca Raul!!", e uma inserção de Glory Box do grupo britânico Porstihead.

Realmente quem sabe faz ao vivo, e o Móveis segue esse ditado a risca.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O dia em que topei com Ingmar Bergman

Vi que está em cartaz no Cine UFG uma mostra de filmes do cineasta sueco Ingmar Bergman, com curadoria do meu ex-professor Lisandro Nogueira. É uma oportunidade de ver seus clássicos absolutos, como O Sétimo Selo e Morangos Silvestres, e outras obras fascinantes deste incansável artista.

Lembro-me de quando topei pela primeira vez com esse homem que explorou as profundezas da alma humana em seus filmes. Foi a cerca de 12 anos talvez, quando vi uma resenha em algum jornal anunciando que O Sétimo Selo estava em cartaz no Cine Cultura.

Àquela altura eu era um aficcionado em filmes, mas ainda estava muito preso ao cinema norte-americano e tinha começado a me aventurar em filmes mais antigos, mas ainda não me arriscara além dos coloridos. Resolvi então conferir aquele filme que o jornal tratou como obra-prima e que iria transformar minha visão do cinema, da arte e da vida.

A saga do cruzado Antonius Block, que enfrenta a morte em sua crise de fé, em sua busca da verdade, teve grande impacto sobre a minha visão de mundo, de Deus, da morte. Fiquei marcado pela incognita deixada pelo filme. Por outro lado, esteticamente, alarguei meus horizontes sobre o cinema e descobri que um filme em preto e branco poderia ter muito mais cores que muitos dos filmes coloridos que vemos por ai. Percebi que o cinema era um mundo vasto além de Hollywood e que a arte poderia ser muito mais que somente entretenimento.

Depois disso me tornei frequentador do Cine Cultura e tive grandes experiências cinematográfica naquela pequena sala de cinema. A partir dali nada foi como antes, graças a Bergman.