segunda-feira, 29 de março de 2010

Palhaçadas, Bufadas e Marchinhas

Neste final de semana fui finalmente conferir o Festival Palhaçada, quando este, infelizmente, já estava em seu último dia, o sábado que passou. Teatro lotado no Martin Cerêrê para a primeira peça da noite, Gueto Bufo, da gaúcha Cia do Giro. Certamente o público não estava preparado para o que veria, um espetáculo teatral adulto, crítico e de um humor iconoclasta, com momentos de grande lirismo.

O enredo é focado nas divagações e experiências de duas moradoras de rua, que se acomodam para dormir em frente a uma igreja, aparentemente católica. Neste palco, elas são as vedetes rememorando traumas, alegrias, debochando do machismo, da hipocrisia da Igreja, dos abusos contra os marginalizados, da moral conversadora. Uma carga sexual subversiva permea toda a peça, pondo em xeque os recalques e moralismos da platéia. Assim elas vão escancarando as demarcações dos guetos sociais, com o melhor da técnica bufanesca, que é buscar a poesia no grotesco.

Grotesco esse aliás que causou grande desconforto em alguns pais e mães desavisados que levaram suas crianças para assistir a um espetáculo que nem todo adulto engoliria.

O espetáculo certo para eles foi o apresentado em seguida, Semi Breve, com a dupla de palhaças Las Cabaças, do Pará. Esse sim, um espetáculo leve, que remonta à tradição dos palhaços circenses. A criançada e os adultos se divertiram muito.

No intervalo entre essas duas apresentações, números de malabarismo e a incansável Cia de Teatro Nu Escuro, que apresentou uma excelente adaptação da obra Boa Medida, de Lima Barreto. Mantendo a base da obra, a história de um Sultão que consulta diversas autoridades de seu reino para resolver os problemas do povo para no fim manter seus próprios privilégios, a Nu Escuro genialmente inseriu na adaptação fatos de opressão ao povo ocorridos em Goiânia, como o caso da ocupação Sonho Real, no Parque Oeste Industrial("nosso reino está sofrendo ameaças de forças do oeste...industrial") e o espancamento sofrido por foliões pela PM no carnaval deste ano.

Parabenizo a tod@s que organizaram o 2º Palhaçada e que venha o terceiro!

Para fechar essa postagem, uma nota sobre o espetáculo musical que fui assistir no domingo Sassaricando, e o Rio inventou a Marchinha. Inicialmente pensei tratar-se de um musical com um enredo, mas não foi o caso. No inicio uma das personagens lê uma carta testamento de seu avô(a voz em off de Hugo Carvana), que acaba por lhe deixar como principal herança gravações de marchinhas. A partir disso são apresentadas em sequência várias marchinhas que marcaram época nos carnavais cariocas, apresentando assim, através de suas letras, uma espécie de crônica de personagens e comportamentos da cidade, com muito humor e deboche típicos deste gênero carnavalesco. A pesquisa é assinada por Sérgio Cabral e Rosa Maria Araújo.

Uma banda precisa e virtuosa(Oscar Bolão na bateria!!), os ótimos arranjos de Luís Filipe de Lima e interpretes muito bons e simpáticos, como Eduardo Dussek, garantiram a empatia do público, mesmo que em alguns momentos a encenação das canções se torne um pouco enfadonha, principalmente no primeiro ato. Mas no final valeu, afinal, marchinhas são realmente irresistíveis.

Meu único lamento fica para o destaque dado por Dussek ao final do espetáculo, nos agradecimentos, a presença do senador Demostenes Torres, aquele mesmo que andou falando coisas estúpidas a respeito da escravidão no Brasil quando defendia o fim das cotas em universidades para negras e negros. Lamentável.

sábado, 27 de março de 2010

Solidariedade acima da brutalidade


Essa imagem, registrada pelo fotográfo Claynton de Souza, da Agência Estado, me fez pensar bastante. Um professor ajuda um policial ferido, em meio as agressões sofridas por seus colegas pelos parceiros daquele que ele ajuda. A greve dos professores em São Paulo tem sido duramente reprimida pelo governo Serra através da Policia Militar.

Sou professor aqui em Goiânia e fui agredido junto a várias pessoas pela PM goiana, durante o último carnaval. Não era uma manifestação, apenas estavamos nos divertindo e fomos expulsos da rua pela violência oficial, sem motivos plausíveis, se é que eles poderiam existir.

Diante disso eu me pergunto se teria a mesma solidariedade deste professor para com o policial ferido. Não sei. De qualquer maneira seu ato mostra que a solidariedade humana muita vezes consegue ser mais forte que a barbárie.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Quem paga a conta?

Hoje ao ler o jornal O Popular, ainda sobre a polêmica do Oscar Niemeyer, fiquei sabendo de dados sobre o caso. Eu até tinha pensado em dizer que são chocantes, mas diante de tudo o que já vimos na política brasileira esse adjetivo já perdeu o sentido.

Mas vamos então aos números: a obra deveria ter custado inicialmente R$ 12 milhões, mas até hoje foram gastos R$ 65 milhões.

O Tribunal de Contas do Estado acusou em seu relatório superfaturamento de 29.000 %. Um exemplo: cadeiras orçadas em R$ 20 mil.

O governo de Marconi Perillo deixou R$ 5 milhões de uma divida referente ao Centro.

Parece-me então que não devemos somente cobrar a abertura do Centro Cultural, mas acima de tudo cobrar os responsáveis por essa lambança, que sabemos muito bem quem é. Esse papo de que “não queremos apontar responsáveis, mas sim ver o Centro Cultural Oscar Niemeyer funcionando” é tapar o sol com a peneira e defender uma conciliação que somente interessa aos que mais uma vez tripudiariam da coisa pública. Quem vai pagar a conta?

segunda-feira, 22 de março de 2010

Cinismo eleitoral e artistas dóceis

Esta semana o novo ícone da direita goiana, Marconi Perillo, realizou um encontro ``suprapartidário`` com diversas pessoas do segmento artístico goianiense. O tema: a recuperação do Centro Cultural Oscar Niemeyer. O mesmo que ele inaugurou às pressas no final de sua gestão como governador, sem que a obra tivesse as condições para tal.

Como disse em artigo recente, seu ex-vice, hoje inclusive seu adversário, nos fez o desfavor de manter no abandono uma obra que já nasceu deficiente e servindo como objeto de projeção eleitoral para Perillo, que agora vem, com todo o cinismo e cara de pau que os políticos brasileiros cultivam, clamar à classe artística que se una em prol da recuperação do espaço.

Somente os ingênuos não percebem que a reunião foi parte de uma estratégia eleitoral, já que o PMDB, principalmente na figura do deputado estadual Thiago Peixoto, vinha buscando usar a insatisfação de artistas e de parte da população para ter ganho político. Até publicou um artigo em um jornal da capital adulando os roqueiros que estão organizando uma manifestação contra o abandono do Centro. Marconi, astuto e ardiloso, começou então a desfiar elogios à mobilização via Twiiter e logo articulou a tal reunião.

Me pergunto o critério para convidar os artistas lá presentes. Não conheço os interesses dos que estavam lá, mas sei que alguns estavam lá de curiosos, imagino que outros de oportunistas e muitos como bons puxa-sacos dos poderosos que são. De todos esses, nenhum teve a coragem de questionar o porque da inauguração apressada e precipitada do Centro Cultural Oscar Niemeyer. Com certeza os que a tem não foram convidados.

A relação da classe artística com os governos é sempre complicada, pois esta depende demais dos incentivos públicos para se manter viável como atividade econômica que possa remunerar artistas, produtores e demais pessoas envolvidas no segmento. Essa relação muitas vezes descamba para artistas chapa branca, atrelados a políticos, que perdem a coragem de ser críticos, com medo de serem preteridos nos editais e convites para eventos promovidos pelos governos. É claro que muitos artistas são conservadores e sempre estarão prontos pra apoiar e calar perante qualquer um que esteja no poder, para sempre estarem dentro das panelas de favorecidos. Mas me preocupo com outros, que por medo ou oportunismo, se tornem dóceis e deixem de exercer uma das principais virtudes da arte, que é trazer à tona as contradições da realidade, doa a quem doer.

domingo, 21 de março de 2010

Impressões e notas sobre a música no fim de semana

Alo amig@s leitoras/es! Fiquei sem postar nos últimos dois dias, pois meu PC pifou e estou com dificuldades de acesso a internet. No entanto quero registrar aqui a presença em Goiânia neste fim de semana da banda Triêro, que realizou shows na sexta no Taberna do Ogro, e no sábado participou de um evento na Chácara Santo Antônio, que contou com o revival da banda Coró de Pau.

Destaco também os shows de Danilo Verano e Chico Aafa, na sexta-feira, o primeiro no restaurante Portinha e o segundo no Centro Cultural Eldorado dos Carajás.

De todos esses eventos acabei por comparecer somente ao show de sexta do Triêro, no Taberna, que foi muito prejudicado pela péssima qualidade o som da casa. Vai então o recado pro donos do local para uma melhoria no equipamento, por respeito aos artistas e ao público.

Estive também no Canto de Ouro, que contou com Anthony Brito, do Triêro, Márcia Jiacomo, Larissa Moura e João Caetano. Me agradou muito o show de Anthony, com destaque para as composições em parceria com Kleuber Garcez, por vezes de um forte lirismo calcado em nossa cultura popular e também com um humor debochado, como em Na frente do Trio Elétrico. João Caetano fez um show com muita emoção em suas interpretações, com seu repertório já bem conhecido de belas canções.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Anthony Brito no Canto de Ouro

(Anthony, o primeiro a direita, e seus companheiros do Triêro)

Hoje, amanhã e sábado teremos a oportunidade de apreciar as belas composições de Anthony Brito, integrante do grupo Triêro, em mais uma edição do projeto Canto de Ouro. Trata-se de um grande talento e de um colega com quem já dividi palco e estúdio. Como ultimamente ele anda longe de Goiânia, é uma rara oportunidade de conferir seu trabalho.

Ao seu lado estarão também o veterano compositor João Caetano, e as cantoras Larissa Moura e Márcia Jácomo.

Show: Anthony Brito, João Caetano, Larissa Moura, Márcia Jácomo
Data: 18, 19 e 20 de março
Horário: 21h
Ingresso: 10 reais (inteira) e 5 reais (meia)
Show no Café Cultura com Wanderson Postigo
Horário: 20h e 22h25
Entrada Franca
Local: Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro
Rua 3, esq. com rua 9, Centro
Informações: 3524-2542

Data: 18, 19 e 20 de março Horário: 21h Ingresso: 10 reais, meia 5 reais

quarta-feira, 17 de março de 2010

Show com Pó de Ser e Torre de Jamel no Taberna do Ogro


As bandas Pó de Ser e Torre de Jamel se apresentam hoje no bar Taberna do Ogro, em mais um evento de lançamento da coletânea Radio Grafia, projeto da Tambor Produções.

É uma oportunidade de ver dois interessantes trabalhos da atual cena da música popular em Goiânia. Pó de Ser apresenta suas crônicas dos bichos urbanos embaladas por uma inusitada mistura sonora. Torre de Jamel nos envolve com sua música instrumental que passeia pelos sons de tão perto e tão longe. Com certeza duas propostas inovadoras e provocativas.

Hoje é sua chance de conferir.

www.myspace.com/podeser
www.myspace.com/torredejamel

V Sarau Indygesto hoje!


E o salutar Sarau Indygesto chega à sua V edição, firmando-se como um espaço de encontros e trocas de experiências, de poesia, música, novas ideias e vontade de mudança.

Você está convidado/a a levar e apresentar suas poesias, músicas, letras, textos, fotografias, desenhos!

Nesta quarta-feira, haverá roda de capoeira!

O evento vai das 18h às 23h.

Endereço:
Rua 238, n. 139, setor Coimbra.
Fica próximo a Praça A e em frente a uma Igreja São Judas Tadeu.

terça-feira, 16 de março de 2010

segunda-feira, 15 de março de 2010

2º Festival Palhaçada movimenta as próximas semanas


Uma ótima notícia para esta semana que começa e a próxima, o 2º Palhaçada vai oferecer aos goianienses diversos espetáculos, oficinas e debates.

Confira a programação e mais informações no endereço http://palhacada2010.blogspot.com/

quinta-feira, 11 de março de 2010

Oficina Cultural Geppetto neste fim de semana

Mais uma edição da sempre especial Oficina Cultural Geppetto, que todo mês oferece pizzadas acompanhadas de apresentações artísticas. Neste fim de semana teremos como atração musical meu amigo e grande violonista, Danilo Verano, e o espetáculo Brasil Brasileiro com o mímico Miquéiaz Paz.

O endereço é Rua 1013, Qd.39, Lt.11, N°467, Setor Pedro Ludovico, Goiânia, Goiás.


Apresentação: “Danilo Verano Hoje”

Local: Oficina Cultural Geppetto

Data: sexta-feira - 12 de março de 2010

Horas: 20:00 h serviço e 22:00 h apresentação

Contribuição: R$ 20,00 adultos e R$ 10,00 crianças até 12 anos (inclui pizza, suco, refrigerante e apresentação)

Informações: 3241 8447

www.myspace.com/daniloverano

www.youtube.com/veranodan


Espetáculo: Brasil Brasileiro

Artista: Míquéias Paz

Data: 13 de março de 2010 (sábado)

Horário: 20:00 h serviço e 21:30 h apresentação

Local: Oficina Cultural Geppetto

Contribuição: R$ 20,00 adultos e R$ 10,00 crianças até 12 anos (inclui pizza, refrigerante, suco e apresentação)

Informações: 3241 8447

www.mimicomiqueiaspaz.kit.net

quarta-feira, 10 de março de 2010

IV Sarau Indygesto

Chamamos companheiros, companheiras, amigas, amigos para o Sarau Indygesto!

Traga suas poesias, rimadas ou não, textos, letras de músicas e o que mais! A idéia é trocarmos nossas leituras, histórias, músicas, ouvirmos um som de vinil, trocar idéias, sentimentos, compartilhar o mundo novo que carregamos em nós!

saudações poéticas!

O quarto Sarau Indygesto vai ser::
Quarta-Feira, 10 de março, das 18h às 23h

Endereço:
Rua 238, n. 139, setor Coimbra.
Fica próximo a Praça A e em frente a uma Igreja São Judas Tadeu.

terça-feira, 9 de março de 2010

DDO lança primeiro CD na Fiction


Meu amigo Griff integra essa galera do barulho(literalmente)que une rock da pesada com ritmos brasileiros. Adicione à essa mistura letras escrachadas e com um humor que alguns podem achar duvidoso, mas que outros adoram. Polêmica! Esse é o DDO que amanhã lança seu primeiro CD, Briga na Zona. Parabéns pra galera!

Olê Focus!


Na última quinta-feira, dia 04, fui pela primeira vez ao Bolshoi Pub para conferir o show da banda holandesa Focus. Nos dias de hoje não sou muito envolvido com a cultura rock and roll como fui em outros tempos. Talvez por isso nunca tenha ido a esta casa dedicada ao gênero e também ao blues, principalmente. Cabe observar também os altos preços cobrados pela casa, desde o ingresso até as bebidas, tornando-a um espaço elitizado.

Mas não vim aqui falar disso, mas sim do show da Focus. Eu pouco conhecia da banda, a não ser sua famosa música Hocus Pocus, que me foi apresentada não sei quando pelo meu amigo Lemos. No entanto, como aprecio algumas bandas de rock progressivo, resolvi ir conferir e não me arrependi, pelo contrário, foi muito gratificante ter pago 60 reais para vê-los.

Seu som me lembrou muitas bandas que aprecio, como uma certa fase do Frank Zappa, Yes, alguma coisa de Pink Floyd, outra de Jethro Tull, pitadas de jazz e música clássica. As intervenções vocais do veterano Thijs van Leer, um dos fundadores da banda, possuem um espírito musical libertário, que me remeteu ao som de Hermeto Pascoal. Um caldeirão sonoro efusivo.

A sintonia entre os músicos é total e todos são excelentes em seus instrumentos. Chamou-me a atenção às perfeitas dinâmicas, que em música longas como Eruption foram simplesmente sensacionais. Merece nota também o seguro baterista Pierre van der Linden, explosivo nos momentos certos, apresentando uma técnica apurada. Citei os dois veteranos da banda, mas os novos integrantes Niels van der Steenhoven, na guitarra e Bobby Jacobs , no baixo, mostraram que estão à altura dos músicos originais aos quais substituem.

O show foi dividido em dois blocos, que mantiveram o mesmo nível, levando a galera ao delírio. Entre clássicos como Sylvia e o final entusiasmado com Hocus Pocus, tivemos grandes momentos com Eruption(com diversos climas), La Cathedrale de Strasbourg(com seus climas soturnos), Focus III(melodiosa), Aya-Yuppie-Hippie-Yee(vibrante e alegre), Hurkey Turkey, Pt. 2(com grande pegada). Na verdade, não teve uma que eu não gostei, mas não consigo me lembrar do nome de todas.

No fim, a galera em êxtase gritava “Olê, olê, olé, olêêêê, Focus, Focus!!!”

Cineclube Cascavel apresenta Olhares e Personagens Femininos

Repassando um convite do Cineclube Cascavel:

O Cineclube Cascavel faz homenagem às mulheres com uma sessão para os Olhares e Personagens Femininos. Seguindo a proposta da última sessão – em que foi exibido Uma Mulher é Uma Mulher de Jean-Luc Godard – a comemoração se dedica a abrir espaço para a reflexão não apenas sobre a mulher, mas sobre a complexidade das questões de gênero em sua relação direta com a criação cultural.

Nesta sessão, serão exibidos quatro curtas: Meninas, ficção de Paula Alves (RJ); Saudosa, ficção (pseudo-documentário) de Erly Vieira Jr e Fabrício Coradello (ES); De Orquídeas e Selos, documentário de Carolina Paraguassú Dayer (RJ/GO); e Nascida Para o Céu, ficção de Rogelia Pinheiro (GO). Os dois últimos, são de realizadoras goianas que estarão na sessão.

A ficção Nascida Para o Céu, de Rogelia Pinheiro, apresenta dois personagens que representam uma dura realidade em um enredo forte e ao mesmo tempo sensível. João das Dores e Zefa, um humilde casal e as típicas dificuldades da pobreza. Desempregados e sem perspectivas de futuro não vivem o melhor o momento para a gravidez de Zefa, mas ela está pronta para dar a luz aos cuidados de uma parteira da região em que vivem.

O documentário De Orquídeas e Selos, de Carolina Paraguassú Dayer, foi produzido no Rio de Janeiro e finalizado em Goiânia, tendo sido exibido pela primeira vez durante o REcine – Festival Internacional de Cinema de Arquivo, em 2008, no Arquivo Nacional no Rio de Janeiro. Após este primeiro e único contato com o público, o filme foi remontado com uma equipe goiana e passou por uma segunda etapa de finalização que, concluído, participou de festivais nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraíba e este ano participará Festival de Cinema de Ribeirão Pires, no interior de São Paulo, em 3 de maio. Em Goiânia, o filme é inédito e será exibido publicamente pela primeira vez no Cineclube Cascavel.

A sessão desta terça, 9 de março, será seguida de debate com as realizadoras Rogelia Pinheiro e Carolina Paraguassú e o público presente.

PROGRAMAÇÃO:

Meninas | Paula Alves, Fic., 1997, RJ, 17’

Duas amigas sofrem com o preconceito e a opressão de uma sociedade católica e conservadora de uma típica cidade do interior brasileiro. Diante das pressões da Igreja e da família, uma delas revolve deixar a cidade.

Nascida Para o Céu | Rogelia Pinheiro, Fic., 2009, GO, 8’

João das Dores está prestes a ser pai. Vivendo uma dura realidade ele lamenta a incontestável luta que a criança vai ter que enfrentar na vida, um futuro talvez mais incerto que suas próprias expectativas.

Saudosa | Erly Vieira Jr e Fabrício Coradello, Fic. (pseudo-documentário), 2005, ES, 15’

Nem tudo em Saudosa é ficção.

Prêmio de Melhor Ficção no 2° Tudo Sobre Mulheres.

De Orquídeas e Selos | Carolina Paraguassú Dayer, Doc., 2009, RJ-GO, 14’40’’

Um advogado de 88 anos revê sua coleção de selos e rememora sua vida, desde a vinda de seus pais do Líbano para o Brasil, e do tempo em que colecionava orquídeas.

ENTRADA FRANCA

Terça-Feira, 9 de março de 2010, às 19h30

Centro Cultural Cara Vídeo, rua 83, n. 361, St. Sul, Goiânia

Siga no twitter: cinecascavel


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Cineclube Cascavel
Goiânia - GO
http://cineclubecascavel.blogspot.com/

FILMES SÃO FEITOS PARA SEREM VISTOS!

Cineclubismo: 80 anos democratizando o audiovisual brasileiro!

NÓS SOMOS O PÚBLICO!

sábado, 6 de março de 2010

¿por quá? apresenta prévia de novo espetáculo


O ¿por quá? - Grupo Experimental de Dança, apresenta nesta segunda-feira, 8, dia internacional da mulher, uma prévia de seu novo espetáculo Chá do Fígado, Baço e Memória. Essa nova montagem é fruto de uma iniciativa do grupo que visa que seus dançarinos/pesquisadores produzam e dirijam espetáculos de dança. Esta primeira experiência tem a direção artística de Luciana M. Celestino e Hilton Júnior e em breve poderemos conferir seu resultado final.

(Em Processo) Chá do Fígado, Baço e Memória
Local: Ginásio 3 da ESEFFEGO
Hora: 20:28 (30 minutos de duração)
Data: DIA INTERNACIONAL DA MULHER (08/03/10)

sexta-feira, 5 de março de 2010

Samba com Gustavo Ribeiro


O colega violonista Gustavo Ribeiro mostra seu trabalho, acompanhando dos meus companheiros Igor Zargov e Danilo Rosolem nas percussões. Belo programa pro domingão.

Teatro Mágico na Calourada UFG


O grupo Teatro de Mágico, oriundo da cidade de Osasco, mas hoje reconhecido nacionalmente, vai se apresentar no encerramento da Calourada 2010 do DCE da UFG.

Assisti sua apresentação que ocorreu aqui em Goiânia, no ano passado, no espaço Feira da Estação. Confesso que diante de tudo o que vinha lendo e ouvindo sobre seu trabalho, acabei por ficar um pouco decepcionado, esperava mais, algo menos pop do que senti musicalmente. Na verdade o que mais me admirou foi a postura perante ao público e ao mercado, uma maneira diferente e mais auto-gestionária de se produzir e distribuir música.

Agora estou pensando em ir ve-los novamente, para ver se mudo de opinião em relação à sua música. Na vida é sempre importante nos permitir as segundas chances.

Onde? Centro de Cultura e Eventos da UFG, Campus Samambaia, Bairro Itataia
Quando? 21hs, Sábado - 06/03/2010
Ingressos? 20 reais (inteira) e 10 reais (meia) no DCE/UFG do Câmpus II e no Kbeças Bar, Bar do tio e Bar da prima e no Gurupi Restaurante (Pamonharia). Na hora 30 reais (inteira) e 15 reais (meia).

Para saber mais sobre o Teatro Mágico acesse sua página na internet.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Os Elefantes Brancos de Goiânia


A expressão Elefante Branco significa uma coisa grande e vistosa, mas que na realidade não serve pra nada. Em Goiânia temos atualmente ao menos duas grandes obras do governo do estado de Goiás que se encaixam neste perfil. Uma é o Centro Cultural Oscar Niemeyer e a outra o Centro Esportivo na Avenida Paranaíba, ali onde ficava o antigo Estádio Olímpico.

Ambas são heranças deste novo ícone da direita goiana, Marconi Perillo, e a manutenção da sua inutilidade para a sociedade goianiense foi feita por seu sucessor, essa figura inexpressiva chamada Alcides Rodrigues. Essas duas obras megalomaníacas serviram como carros chefes da propaganda do governo Perillo, tanto que ele fez questão de inaugurar às pressas o Oscar Niemeyer no final de sua gestão como governador, visando a propaganda para sua campanha ao Senado. O problema é que a obra estava inacabada e foi extremamente mal feita. Tanto que hoje está largada às traças, com inúmeros problemas estruturais, como infiltrações, poças d’água que se formam por todo lado, dificuldade de acesso para qualquer tipo de pessoa, uma biblioteca que não funciona e que não pode nem alojar os livros, pois corre o risco de desabar. Uma situação completamente ridícula e ultrajante. Dizem até que o homenageado que tem seu nome ligado a essa falácia quer que ele seja retirado. Nada mais coerente.

Ouvi dizer que algumas pessoas estão se movimentando para cobrar que a obra seja finalmente acabada com qualidade e posta ao uso da população. O que eu fico pensando é quando isso irá acontecer e se realmente haverá um usufruto compensador para a sociedade local. Imagine se o dinheiro mal investido ali tivesse financiado diversos centros culturais menores espalhados pelos bairros da cidade? Seria com certeza muito mais útil e democrático.

Quanto ao Centro Esportivo, o máximo que está pronto é uma grande propaganda na fachada, mostrando imagens de crianças praticando esportes com o nomes de atletas de destaque do cenário nacional abaixo das fotos, como a dizer “aqui formaremos os campeões do futuro”. Patético. São cerca de 10 anos com obras que não andam, destruíram o Estádio Olímpico e deixaram em seu lugar um imenso buraco, com um prédio inacabado ao lado. A única coisa que mal funciona ali é o ginásio Rio Vermelho. A população que vive nas proximidades sofre com a poeira do buracão do governo, aliás, uma ótima metáfora para esses 12 anos de PSDB-PP no comando de Goiás.

Agora se aproximam as famigeradas eleições e temos no páreo novamente Marconi Perillo e Íris Rezende. Como a 12 anos atrás, viveremos novamente esse pesadelo. Não há pra onde fugir minha gente. Eu farei minha objeção de consciência, votando nulo. Podem até dizer por ai os que ainda se iludem com a democracia representativa que estou me omitindo, mas não compactuarei com essa mentira.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Goiano na parada do site MTV

Não sou um grande admirador da MTV, mas fiquei feliz ao saber que o colega Reginaldo Mesquita, ex-Actemia(banda que eu adorava), e agora em carreira solo com seu cd Rascunho de Anjo, está com o vídeoclip da música Ciranda entre os mais vistos do site da emissora.

Eu assisti o videoclip hoje e o achei muito bonito. Parabéns ao Reginaldo e todo mundo que trabalhou nesta produção. Assista ai abaixo:

terça-feira, 2 de março de 2010

III Sarau Indygesto

Vacê lendo esse email
trabalhando ou de bobeira
Faço-lhes um convite
Pras noites de quarta-feira
É o Sarau Indygestx
Um lugar muito modesto
Onde rola muitos versos
vinil, pastéis, suco, cerveja!

Venha e traga seus versos
não se preocupe com o sucesso
recite seus protestos
pois no Sarau Indygestx
Tod@s são importantes,
então tire seus livros da estante,
seja tb um recitante
venha conferir de perto...

Dia 03/03 - quarta feira

o endereço:

http://sarau.indygesto.org/
Rua: 238 n.139 St. Coimbra, Goiânia-GO
próx. terminal pç. A - ao lado da Igreja São Judas Tadeu.

O mundo fica mais triste quando morre um palhaço

(na foto, à esquerda, o palhaço Palito)

O blog Arteiro lamenta profundamente a morte trágica do palhaço Palito, do Circo Laheto. Ele foi morto no último domingo, 28/02, ao tentar defender o irmão em uma briga. Mais uma vítima da violência urbana.

Palito pediu para que não chorassem sua morte, queria que se despedissem com a alegria circense. Mas não dá pra deixar de pensar que o mundo fica mais triste quando morre um palhaço. Descanse em paz e alegria Palito!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Queimando nosso dinheiro


Nada como começar o mês com uma péssima mas importante notícia. Li hoje no jornal Folha de São Paulo que os deputados distritais do Distrito Federal custam cada um, nada menos que R$ 14 milhões aos cofres públicos anualmente. São seguidos pelos deputados mineiros, R$ 10,3 milhões, e pelos catarinenses com R$ 8,2 milhões.

Fiquei curioso para saber quanto nós goianos gastamos para bancar essas figuras, mas a matéria na internet não traz essa informação. No entanto, informa que o total das casas legistalivas estaduais irá gastar neste ano R$ 6,7 bilhões, aumentando em 13% os gastos de 2009. Outros R$ 6,8 bi serão destinados à câmara federal e ao senado.

É incrível como tanto dinheiro é gasto simplesmente para bancar esses abonados funcionários públicos que em sua maioria vem roubando a nação e defendendo seus interesses particulares ou dos grupos econômicos que os bancaram para estarem onde estão. O sistema político em que vivemos se desqualifica ainda mais diante de tais notícias. É um absurdo que tanto dinheiro seja queimado desta forma, face as grandes necessidades e dificuldades pelas quais passam grande parte da população brasileira.

Vamos bancar até quando essa privilégiocracia?