domingo, 24 de maio de 2009

Vida Seca lança cd no Martin Cerêrê

O grupo Vida Seca vai lançar seu primeiro cd ,Som de Sucata,
no próximo sábado, 30/05, às 21 horas no Centro Cultural Martin Cerêrê.

Som de Sucata é o registro das experiências sonoras que o grupo realiza com materiais de lixo e sucata. Garrafas, latas, chapas metálicas, tambores de plástico e tubos pvc se tornam instrumentos musicais com seus timbres peculiares, levando ao ouvinte uma nova experiência sonora. São 7 faixas compostas pelo Vida Seca, sendo que uma delas, Perfume do Lixo, foi um improviso gravado em estúdio.

Este trabalho já foi lançado em Brasília e Taguatinga, no Distrito Federal, Cuiabá, em Mato Grosso, e Presidente Prudente, São Paulo. Aqui em Goiânia ele foi lançado pela primeira vez no ano passado, logo que ficou pronto em novembro, durante a feira Brasil Central Music, no Centro Cultural Oscar Niemeyer.

Agora organizamos esta apresentação especial no Martin Cerêrê para divulgar o cd ao público goianiense. Vamos contar com apresentação do Bloco Boca do Lixo, de Anápolis, e participações de Danilo Verano, no violão, e Jefferson Leite, na rabeca, e também um encontro de Vida Seca e Boca do Lixo.

Vai ser loucura minha gente, vamo lá nos divertir, dançar e ouvir e tocar novos sons!!!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Saravá!!!

Tá ai mais uma edição da animada festa Saravá Café, organizada pelos meus queridos amigos Zargov, Nilão e Luquinha. Vale a pena, principalmente pela presença musical de Cristiane Perné, grande cantora de excelente repertório. Saravá pra essa moçada!!!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

¿Por Quá? e Sacha Witkowski no Goiânia Ouro

Nesta quarta, dia 20/05, ¿Por Quá? e Sacha Witkowski voltam ao Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro para apresentrar, respectivamente, Dançadeira e a Morte do Cisne.

Os dois trabalhos são resultados de pesquisas consistentes, com destaque para Dançadeira, fruto do Projeto Dancidade, que visitou diversas casas noturnas de Goiânia voltadas à dança de salão, extendendo sua pesquisa também a espaços do movimento Hip-Hop da cidade. Isso resultou num espetáculo de forte comunicação com o público, apresentando movimentações hibridas que buscam representrar e desconstruir o universo das danças urbanas de Goiânia.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Minadágua de volta!


Depois de um tempo se reorganizando a banda Minadágua volta a ativa com Kleuber Garcez no violão e voz; Clécia nos vocais; Diego Lobo na viola e percussão e Ricardo Roqueto na percussão. Neste show também teremos participações especiais. Nos vemos lá!!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Lixo, lixo, lixo, lixo...

Que a ação do homem vem destruindo o planeta não é novidade. Para aqueles mais sensíveis, um breve olhar pela cidade já denunciará a tragédia em que estamos nos metendo.

O pior de tudo isso é perceber que a maioria de nós parece achar normal a quantidade de lixo que produzimos e a maneira totalmente irresponsável com que lidamos com ele. Vejo nas ruas pessoas jogando lixo no chão como se aquilo não fosse nada, como se ao sair de sua mão aquele dejeto se desintegrasse.

É isso não é só. Goiânia está cada dia com o ar mais poluído, seja de fumaça ou das ondas sonoras, ambas poluições produzidas pelo grande número de automóveis circulando pelas ruas. Os diversos rios que cortam a cidade estão cheios de esgoto, de garrafas pet, de sacos plásticos, pneus, latas e vários outros materiais. Aqui nem nascentes são respeitadas, pois várias edificações foram erguidas em cima delas ou próximas às suas áreas de preservação.

Esse é o nosso cenário, em poucas linhas. No resto do mundo não é diferente. Um amigo meu, Renato, me enviou um link com fotos e disse que lembravam meu trabalho com o Vida Seca. São fotos tristes, mas que revelam uma realidade que deve ser conhecida. Posto duas delas aqui, no link há cerca de 20, captadas em diversos países, a maioria na China e India, dois países superpopulosos.

Nós seres humanos, com nosso teleencefálo altamente desenvolvido e nosso polegar opositor, construimos a grande proeza de nos afogar em nossos próprios dejetos. Uma tragédia.

Veja todas as fotos

Conectar-se...


Em recente viagem do grupo que participo, Vida Seca, para apresentações e oficina em Presidente Prudente, São Paulo, tivemos oportunidade de conhecer várias pessoas maravilhosas, entre elas o compositor Rolan Crespo.

Entre outras coisas ele nos apresentou uma iniciativa muito legal que não conheciamos, o Clube Caiubi de Compositores. Trata-se de uma rede formada principalmente por compositores, mas agrega também intérpretes, músicos e produtores. É uma rede social que já reúne mais de 3 mil artistas independentes e em sua maioria apresentando trabalhos autorais.

Muito interessante, pois é uma rede autonoma, não ligada a um site grande e gringo como o myspace. Eles usam o site Ning, que oferece ferramentas para criação de redes sociais via internet. Você se associa a rede criando um perfil, podendo colocar diversos tipos de mídia no ar. Para músicos e bandas novas no cenário, com produção independente, é uma ótima opção de divulgar o trabalho e fazer contatos. Dando uma volta por lá já encontrei compositores locais como o Diego de Morais, Darwinson e Kleuber Garcez. O Vida Seca já está lá também.

Se você é músico, compositor, produtor e se interessa em conectar-se, entra lá, vale a pena: http://clubecaiubi.ning.com

Se você acredita que uma rede pode ser interessante para o que você faz, entra lá no Ning e cria a sua ou tente outra possibilidade, com certeza há similares por ai. Conecte-se. Isso é o importante e aponta para a construção de novas possibilidades de organização social, mais pautadas pela horizontalidade e cooperação mútua.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Quarta com dança no Goiânia Ouro


Nesta quarta-feira, à partir das 20:30 horas, dois espetáculos de dança agitam a programação do Centro Cultural Goiânia Ouro.

O coreográfo Sacha Witkowski apresenta seu trabalho solo A Morte do Cisne seguido pela montagem Dançadeira do ¿Por Quá? Grupo Experimental de Dança.

Os dois trabalhos são resultados de pesquisas consistentes, com destaque para Dançadeira, fruto do Projeto Dancidade, que visitou diversas casas noturnas de Goiânia voltadas à dança de salão, extendendo sua pesquisa também a espaços do movimento Hip-Hop da cidade. Isso resultou num espetáculo de forte comunicação com o público, apresentando movimentações hibridas que buscam representrar e desconstruir o universo das danças urbanas de Goiânia.

Altamente recomendado, principalmente por que trata-se de mais um evento produzido por essa galera maravilhosa do ¿Por Quá? e do Forúm da Dança em Goiânia, que vem movimentando o cenário local com produções como a deliciosa comemoração do Dia da Dança que aconteceu no Goiânia Ouro dias atrás e do evento Dança Dolores, que rolou no último dia 07 no Viola de Prata.

A Morte do Cisne e Dançadeira, com Sacha Witkowski e ¿Por Quá? Grupo Experimental de Dança
Dia 13/05, às 20h30, Centro Cultural Goiânia Ouro, Rua 03, Centro, ao lado da Pizzaria 110

domingo, 10 de maio de 2009

Tim Barato


Com esse título dá até pra pensar que é propaganda de celular, mas trata-se de algo muito melhor. O Tim aqui é o Maia e a grande notícia é que encontrei num desses hipermercados(não vou citar o nome pois não quero fazer propaganda gratuita pros caras, mas você acha)um DVD do maravilhoso programa Ensaio de 1992 com o Tim, por apenas 9,99 reais. Pexinxa, melhor que isso só baixando, mas se você gosta de guardar em casa vale a pena demais.

Eu assisti e garanto que é muito bom. Além de uma apresentação supinpa com a banda Vitória Régia, onde o Tim conversa com uma platéia inexistente e filosofa ``tudo é tudo e nada é nada``, há a ótima entrevista onde ele conta um pouco de sua vida e arremata no final dizendo que acredita nos ``seres do futuro``. Certamente você é um deles meu caro Tim Maia, pois com sua obra e seu vozerão você será lembrado e ouvido ainda num futuro longínquo.

Caso você queira baixar, vai neste link e aproveite e conheça este ótimo blog:

http://paocommanteigaeumpingado.blogspot.com/search/label/Tim%20Maia

sábado, 9 de maio de 2009

Grandes bambas


Esse postagem é homenagem ao meu querido Nilão, do blog Cabeça Feita. Inspirado por sua iniciativa de fazer um blog sobre samba resolvi postar aqui este disco que marcou o meu encontro definitivo com essa maravilhosa manifestação da nossa cultura.

Trata-se de Quatro Grandes do Samba, LP originalmente lançado em 1977, que reúne Candeia, Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Elton Medeiros. Na época(agora não me lembro bem, mas faz pelo menos uns 10 anos) estava eu nas minhas andanças por lojas de cds(adorava fazer isso antes do estouro do mp3), quando, em uma loja Bazar Paulistinha do Shopping Bouganville, me deparei com este disco, que me chamou muita atenção.

Era um momento em que eu buscava conhecer melhor a música brasileira - estava me livrando das garras do rock and roll - e este nome `quatro grandes...`me deixou instigado pra ouvir o disco. Dei uma breve escutada na loja e levei pra casa para assim me apaixonar de vez pelo samba. Destes quatro grandes me afeiçoei bastante às obras de Nelson e Elton, dois dos sambistas que adoro e venero.

Disco essencial não somente do samba, mas da música brasileira. Importante para descobrir o Brasil. Como eles mesmos dizem na canção `Sou mais o Samba`

``Eu não sou africano eu não
nem norte-americano
ao som da viola e pandeiro
sou o mais o samba brasileiro``

Neste link você encontra links para baixa-lo, vai que é sua!!!
http://rapidlibrary.com/index.php?q=quatro+grandes+do+samba

terça-feira, 5 de maio de 2009

Dança Dolores!


Para pessoas interessantes, um convite divertido
para pessoas divertidas, um convite interessante... PARA VOCÊ!

A casa de dança Viola de Prata se uniu a um grupo de pessoas interessantes e divertidas para lançar a noite DANÇA DOLORES!

Se você quer conhecer uma casa de dança popular, com piso quadriculado e com a melhor trilha sonora, aos moldes das casas de dança da Lapa, no Rio de Janeiro, você não pode perder esta noite...

DANÇA DOLORES!
07/maio, 21h
Casa de Dança Viola de Prata
Rua r-1, nº 46, St. Oeste (em frente o Teatro Inacabado, antigo Bailão Gaúcho)

Venha dançar dolores... seus amores, dores, odores e rancores, sem pudores!

Relatos de uma Virada - parte 3


No domingo dia 03 de maio, depois de dormir algumas horinhas, voltamos para nossos últimos momentos de Virada Cultural. Pegamos o metrô rumo ao Anhangabaú e chegando lá resolvemos conferir um espetáculo de dança com a Cia de Ballet da Cidade de Niterói, que apresentou Enquanto Dure... criação do Henrique Rodovalho, da Quasar, que por sinal havia se apresentado no mesmo palco no dia anterior.

Antes dei uma volta pra ver como estava a fila para o Francis Hime – enorme – e acabei vendo um pouco do grupo francês que declamava poemas ao pé do ouvido da galera. Depois da dança fomos encontrar nossos amig@s Pablo – um dos fundadores do grupo que participo, o Vida Seca – e Fabiana, que estavam no local certo, o show dos Novos Baianos.

Foi maravilhoso vê-los ao vivo, mesmo sem Moraes Moreira e Armandinho, já que Pepeu e Baby compensaram suas ausências com uma energia incrível que levou a galera na São João ao delírio. Pra mim um momento único, pois nunca imaginei que iria ouvir aquelas músicas maravilhosas ao vivo e a cores. Pra fechar com chave de ouro uma seqüência com Sampa de Caetano, Preta Pretinha e Brasileirinho, pra deixar todo mundo arrebatado. Lindo, lindo, lindo!!!!Só alegria!!!

Por fim, depois de um passeio pelo centro com os amig@s chegamos a nossa última empreitada, assistir ao cara que dançava com a retroescavadeira, no espetáculo "Transports Exceptionnels" da Cia Beau Geste. Eu estava muito curioso, e a Lu muito mais, pra saber como seria essa experiência. E foi arrebatador, eu inclusive me emocionei a ponto de chorar, pois era incrível como aquela máquina gigantesca e fria poderia realizar algo tão singelo e sublime junto àquele homem. Uma parábola da relação homem e máquina, aqui vista sob um ponto de vista harmonioso, mas ao mesmo tempo marcada por um tom trágico acentuado pela trilha sonora – uma ópera de clima triste e melancólico. Belo, brutal e assustador, pois afinal, aonde nos levara essa dança com a máquina?

Assista a um vídeo da performance(está não é a da Virada)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Relatos de uma Virada - parte 2


Depois do show de Arrigo saímos do Teatro Municipal e nos deparamos com uma fila gigantesca para a apresentação de Egberto Gismonti. Decidimos então acompanhar nossos novos amig@s pelo centro de São Paulo. Seguimos para a Av. São João, passando pelo famoso cruzamento com a Ipiranga, e chegamos a tempo de conferir a última música do show de Jon Lord e a Orquestra Sinfônica Municipal(na foto, de Luciana Figueiredo), que tocavam Child in Time do Deep Purple. Incrível é que esta sempre foi a minha preferida do Purple e vê-la ao vivo junto de uma multidão que cantava junto foi surreal.

Aproveitando que estávamos no palco da São João assistimos ao Geraldo Azevedo, que, se não foi novidade, pois eu já o vi em outras oportunidades, fez o povo cantar uma música seguida da outra – incrível como todo mundo sabia todas as canções – acompanhado somente de seu violão e de um flautista.

Tentamos em seguida encarar a fila para o Tom Zé, mas percebemos que seria impossível, pois ela já era bem maior que a do Egberto. Resolvemos correr até o palco samba rock e assistir ao Trio Mocotó, que pos a galera pra dançar. De quebra reencontrei velhos amigos de Floripa e com eles fui ao show de Marcelo Camelo – detesto quando dizem que pareço com ele – e realmente constatei que não gosto de sua obra, pra mim foi tedioso assisti-lo.

Foi tanto o tédio emanado pelo Camelo que resolvemos dar uma descansada no Cine São José, onde acontecia a mostra de filmes de Zumbi – eu sou fã . Quando chegamos estava passando Planeta Terror, do Robert Rodriguez(não é grande coisa, mas tem estilo) e o cinema estava completamente lotado. Demos uma dormidinha no hall de entrada no cinema junto de outras centenas de morgados e conseguimos entrar na sessão do clássico mor A Noite dos Mortos Vivos, de George Romero. Eu já havia assistido, mas foi uma experiência inédita vê-lo num cinema lotado em que a platéia vibrava como num jogo de futebol a cada cena forte do filme. Sentados no chão, alguns espectadores se assustavam mais com as baratas do cinema do que com os mortos-vivos na tela.

Para fechar nossa primeira noite de Virada, assistimos ao grupo de dança de Florianópolis, o Cena 11, no Anhangabaú. Como sempre, uma dança com corpos e movimentos fora dos padrões habituais da dança(seja balé ou mesmo dança contemporânea). Bailarinos obesos, um cão, máquinas de tiro de tinta, telão...tudo isso faz do Cena 11 um grupo único no cenário da dança brasileira. Valeu demais, apesar da minha quebradeira severa a essa altura.

Por fim encaramos um via crucis pelo metrô lotado e fomos dormir às 6h30 da manhã para ainda voltar no dia seguinte, afinal, ninguém é de ferro.

Relatos de uma Virada - parte 1


Quando fiquei sabendo que Arrigo Barnabé, Tom Zé e Egberto Gismonti iam apresentar álbuns clássicos de suas carreiras durante a Virada Cultural(www.viradacultural.org) em São Paulo, não tive dúvidas: tinha que ir conferir.

Junto a minha companheira Lu encarei 14 horas de busão até Sampa, chegando lá no dia 1º de maio. Nesse primeiro dia aproveitamos e conferimos um evento muito legal, chamado Jazz nos Fundos(http://jazznosfundos.net/).

Mas minha cabeça não saia do dia 02 de maio no Teatro Municipal, para saber se conseguiria ver ao menos um dos três shows que tanto ansiava, até porquê várias pessoas me relataram das gigantescas filas para eventos no Municipal. Logo depois do almoço partimos para a fila, por volta das 15 horas e lá ficamos até a entrada para o show de Arrigo, por volta das 17h. Foi uma espera muito boa, onde fizemos amizades, inclusive com um integrante da banda Porcas Borboletas(http://www.porcasborboletas.com.br/), o Ricardo, meu xará.

Veio então o grande êxtase, primeiro pela incrível arquitetura do Teatro Municipal, realmente arrebatador (infelizmente não deixam tirar nenhuma foto lá dentro, mas eu também não tinha máquina). Melhor que isso foi a apresentação de Clara Crocodilo( baixe neste link http://www.badongo.com/pt/file/1589594) com Arrigo Barnabé e banda Sabor de Veneno, realmente fez valer cada centavo que gastei para estar em São Paulo – o show por sua vez foi de graça como toda a programação da Virada – e me fez ficar com dor na mandíbula, pois eu não conseguia tirar o sorriso da cara. Incrível como Arrigo possui uma energia juvenil, uma irreverência mordaz, e a banda Sabor de Veneno é fantástica com destaque para as duas belas cantoras, Suzana Salles e Vânia Bastos, com domínio vocal perfeito para a difícil execução deste disco maravilhoso. Esse é pra vida toda, o disco e o show.