quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Circo Lahetô, eu apoio!

Conheci o Circo Lahetô no inicio dos anos 2000, através do projeto TV Lambança, da Faculdade de Comunicação da UFG. Desde então eu participei de diversos eventos no Circo, espetáculos, shows e oficinas.

A gravação do DVD do grupo que participo, Vida Seca, ocorreu lá em julho de 2010 e é uma data marcante na nossa carreira e sentimos um privilégio por ter sido gravado neste espaço tão especial da nossa cidade. Nosso projeto de oficinas, Lixo Ritmado, Batuque Reciclado, também usou o Circo no ano de 2011.

Lembro que desde os tempos em que o conheci o Lahetô sofre com estas ameaças de despejo, inclusive participei de vários atos em prol da continuidade das atividades no espaço atual. É realmente desanimador que um espaço que fomenta a cultura, a arte, que dá oportunidades a jovens e crianças, além de ser parceiro dos artistas locais, não consiga o reconhecimento e valorização do poder público. É mais uma prova de que os gestores públicos de Goiás tem uma visão tacanha da arte e da cultura, e mesmo da assistência social, prestada sem demagogia e com extrema sinceridade e felicidade como acontece no Circo Lahetô.

Estamos em mais um momento de luta para que este projeto continue funcionando no espaço que faz por merecer. Vários artistas, entre eles os reunidos no Forúm Permanente de Cultura, estão mobilizados em prol do Circo Lahetô. Convido você que me lê a se juntar a nós, assinando a petição pública no link abaixo e manifestando sua solidariedade da forma que puder.

Assine a Petição Pública em prol da manutenção do espaço do Circo Lahetô!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Tudo Torto em Linha Reta

O primeiro fruto concreto deste trabalho tão gostoso que é arranjar e tocar na banda Pó de Ser. Nosso primeiro EP, com algumas canções, gravadas cada uma num contexto e unidas, Tudo Torto em Linha Reta.

Pra quem conhece, baixe e deguste, pra quem ainda não conhece, experimente, recomendo!

Baixe no 4SHARED http://www.4shared.com/rar/g0h2CBGh/P_de_Ser_-

Foto por Thiago Lemos

"Tudo torto em linha reta", título do EP que a banda Pó de Ser disponibiliza no final de 2012, antes que o mundo acabe!

Pó de Ser, como sugere o trocadilho; propõe múltiplas possibilidades e induz a permissão. Passado o bonde das patrulhas ideológicas e do sectarismo musical, já é possível experimentar e transitar livremente.

O que a princípio parece um convite à leveza, torna-se uma proposta radical, justamente por não herdar nenhum legado estético, nenhuma obrigação de continuidade e nenhum preconceito a ser cultivado.

A partir de temas do cotidiano das grandes cidades, relatadas de forma irônica, bem-humorada e com um jeito peculiar de recriar a tradição, o Pó de Ser canta o Homem na Cidade, a Cidade no Homem, a Cidade do Homem, o Homem Interior.

A dualidade de viver no centro e ao mesmo tempo no interior do país, um “bicho urbano rural”. É nesse cenário que o olhar observador se apresenta, além de relatar experiências pessoais. O que soaria estranho é perfeitamente possível, como juntar Beatles, Tom Zé, Clube da Esquina, Talking Heads, Itamar Assumpção, Odair José. Rock, MPB,Tropicalismo, Brega, Vanguarda Paulista são referências que fazem parte do imaginário criativo da banda."

A banda Pó de Ser nasceu em 2009 e tem na sua formação atual:

Diego de Moraes: voz, violão, guitarra, baixo e composições Kleuber Garcêz: voz, violão, guitarra e composições Ricardo Roqueto: percuteria Danilo Rosolem: percussão e efeitos Hermes Soares: flauta, teclado e efeitos Fernando Cipó: baixo e guitarra.

Retirado do blog http://www.tudotortoemlinhareta.blogspot.com.br/

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Por Acaso: repercussões

Nós, da Mais Um Baú de Ideias, realizamos no último dia 24 a última edição do Por Acaso, Tardes de Improviso deste ano de 2012, ano em que o evento nasceu. Esta edição aconteceu especialmente durante a 1ª Mostra de Arte Insensata, um evento de grande relevância, pois une a reflexão sobre a saúde mental e a arte como possibilidade de expressão e terapia para quem sofre de transtornos mentais.

Pra mim foi gratificante ver mais uma vez toda a participação das pessoas, tocando e dançando e desfrutando. Este momento sem barreiras entre artistas e público, entre ensaio e improviso, que o Por Acaso proporciona, tem sido uma experiência realmente única, algo que pra mim ficará marcado na cena cultural de Goiânia. Os encontros proporcionados, as vivências, a inclusão dos excluídos da cidade que sempre participam, tornam o evento um momento de arte libertadora.

Isso tem sido sentido por muita gente, que vêm repercutindo e pensando sobre. Publiquei aqui neste blog o texto da Fernanda Marra e agora posto o link para o texto do Odailso Berté.

Nos vemos ano que vem, Por Acaso.

http://dancamentos.blogspot.com.br/2012/11/uma-danca-que-por-acaso-gera.html

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Jenipapo, direto do túnel do tempo e agora!

Pois é, quando meu amigo Muchacho me informou deste retorno da Jenipapo à Goiânia foi impossível não sentir a nostalgia dos tempos em que participei da banda Minad'água. Nos idos de 2008, fizemos um show inesquecível junto à Jenipapo no extinto Alternativo Bar. Foi certamente o recorde, ou um dos recordes de público da casa. Tinha gente transbordando, pessoas do lado de fora curtindo, foi uma grande festa da música

. brasileira. Agora, mais de 4 anos depois, a Jenipapo volta reformulada, a Minad'água secou, não existe mais, mas certamente a festa continua, a música pulsa sempre. Minha expectativa é de outra grande noite, desta vez no Loop Estúdio. Nos vemos lá!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Por Acaso, por Fernanda Marra

Texto publicado no blog Marés e Ressacas, de Fernanda Marra. Uma bela reflexão sobre o evento em que eu tenho a honra de participar da produção.

Por Acaso

Lendo agora sobre a origem do romance intimamente associado ao surgimento do comportamento individualista da sociedade moderna. Desde ontem, quando voltava da calçada da rua 3, onde dançava meio Por Acaso junto com um monte de gente, não paro de pensar no que foi aquilo, no que é aquilo toda vez que acontece. Encontrei um nome: encontro. A leitura sobre o individualismo que me sugeriu pelo contraponto que o evento se insinua a tudo que esse comportamento sugere. Encontros são raros.

Ontem, depois de arriscar movimentos improvisados em plena calçada, ao som que se fazia naquele instante, olhando nos olhos de desconhecidos e devolvendo sorrisos, não consegui parar de pensar no que me impele para o lugar sem receio, sem sequer me preocupar em marcar antes com os amigos. Vou como que Por Acaso a um encontro com o que a música, meu corpo, o outro, que nunca sei muito bem quem é, e a cidade me proporcionam. Talvez, suspeito, seja mais que um encontro: uma acolhida. A ideia é que seja uma conjunção das artes e que elas aconteçam espontaneamente, com quem se sentir a vontade para o improviso. Impressionante como as regras são tácitas e se estabelecem, quase que silenciosamente, contando apenas com o bom-senso e o convívio. Funciona!

Verdade é que, embora esse nome seja lindo e lírico, serve muito para mim, aqui deste lugar de espectadora, admiradora, frequentadora assídua, porque para os organizadores do evento não há nada de casuístico. Por Acaso é promovido por coletivos culturais agregados à Fábrica de Cultura (não cito nomes por mero temor de cometer qualquer injustiça deixando de fora os imprescindíveis), trata-se, isso sim, de um enorme trabalho recheado de miudezas que, mesmo uma estrutura aparentemente simples, reivindica atenção e uma gestão operacional pra lá de cansativa. A gente é que sequer imagina quando está lá se divertindo. Acompanho desde o início, vi a turma bater cabeça e depois se acertar com os pequenos detalhes, as questões logísticas, já faz um tempo que está tudo tão redondinho!

A mim impressiona tudo, desde a iniciativa, a forma como ela acontece fluida e a experiência que particularmente me atravessa. Dizer que Goiânia é uma cidade carente de uma gestão cultural é, no mínimo, um eufemismo. Faz algum tempo que deixamos de ser uma cidade pequena, caminhando para 2 milhões de habitantes e as políticas públicas para a área da cultura... Sem medo de estar sendo leviana, são raras para não afirmar que inexistem. Não pretendo aqui fazer levante da incompetência e da corrupção administrativas, a cidade está informada acerca dos encaminhamentos dos recursos públicos para a cultura. É mesmo um breve desabafo em meio a esse elogio que faço a todos que viabilizam a ideia do Por Acaso. A propostas que descrevo é uma iniciativa de particulares, de gente interessada em compartilhar, em agregar, em promover a cultura, gente que sem poder investir recursos financeiros, faz esse encontro acontecer com a boa vontade do trabalho, a dedicação do tempo e sem qualquer finalidade lucrativa. Fazem simplesmente.

A calçada fica cheia, a cidade tem demanda e não são gatos pingados, pessoas, muitas delas saem de suas casas em uma tarde de sábado para olhar dentro do olho do outro, ouvir, tocar, dançar junto, encontrar um desconhecido. Acho incrível, acho heroico, um gesto enorme pela cidade pensada socialmente e por todos que nela andam cansados de ser apenas indivíduos. Faço questão de dizer que assim, Por Acaso, estão mexendo com os anseios de um grupo grande, com um modo de ser social, o que pode ter proporções maiores e mais profundas do que suspeitem os envolvidos. Acredito que essas tardes de sábado transformam nosso espaço, nos permite ocupá-lo com beleza e promovem o contato entre gente que, mesmo sem se conhecer, quer se comunicar falando a mesma língua. Espero, um desejo que descobri e me permito compartilhar, que nos leve a construir outro aspecto desse perfil social que nos falta: a tradição. Somos uma cidade jovem com potencial criativo que pulula, é verdade, mas fico sempre com a impressão de que carece afinco para cravar os pés e fazer durar o que inventamos de bom. Minha gratidão e meu apoio àqueles que promovem esse encontro tão saudável, é uma realização corajosa, democrática é muito feliz.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Manifesto Cia Teatral Nu Escuro

Importante manifesto da Cia Teatral Nu Escuro sobre a situação da gestão cultural pública em Goiânia. É dessa coragem e postura que precisamos!

Temporada Bastet 9 anos!

Neste domingo vai rolar uma atividade que integra o projeto Workshop, que comemora os 9 anos do grupo teatral goianiense Bastet. Trata-se de espetáculo Perfume para Argamassa, com Kleber Damaso e Viviane Domingues. Uma ótima iniciativa do Bastet, unindo artistas diversos que ao longo dos anos contribuiram ou estiveram juntos na trajetória do grupo. E ainda por cima vai acontecer no Teatro Goiânia, que está finalmente retornando ao seu funcionamento normal.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012