Nos últimos anos eu tenho acompanhado as coberturas jornalisticas feitas por alguns veículos de comunicação, como o Radiola da Trama, MTV, Alto Falante da Rede Minas, sobre os festivais de música que acontecem em Goiânia, a saber: Bananada, Vaca Amarela e Goiânia Noise.
É interessante notar como o recorte que essas coberturas adotam frente a esses festivais, revelando que seus editoriais são essencialmente roqueiros. Mesmo para o Vaca Amarela e Goiânia Noise que vem abrindo mais seu espectro musical, o enfoque da cobertura privilegia os artistas de rock and roll.
No caso especifico do último Gyn Noise 2009, assisti ao programa Radiola, que cobriu somente os três dias de shows no Martin Cerêrê e ignorou em sua matéria o principal fator que fez desta edição do festival provavelmente sua melhor: a de estar espalhado por vários espaços da cidade, com uma programação bem mais eclética, extrapolando um pouco a cena rock. Citaram ao menos o evento de rap no Goiânia Viva, mas não se preocuparam em falar de grandes nomes que estiveram por aqui como Hermeto Pascoal, Siba e Roberto Correa. Nem dos shows no Metropolis, Capim Pub e Fiction.
Fizeram então uma cobertura capenga, parcial, mostrando somente uma parte do festival, a tradicional maratona de shows do Martin. E mesmo nesta cobertura deixaram de fora alguns destaques, como o excelente show realizado pela banda Terrorista da Palavra. Vamos esperar que estejam com a visão menos determinada da próxima vez.
Assisti ao especial da MTV sobre o Noise 2009 e vi mais do mesmo. A matéria segue a mesma linha do Radiola, mostrando apenas os shows do Martin e destacando o Ivo Mamoma, o resto do festival foi esquecido.
ResponderExcluirLembre-se daquela nossa conversa Roqueto, ela deve ser o horizonte de muitas possíveis histórias no meio artístico em Goiânia...
ResponderExcluirO rock é sempre sedutor, cool... mas quando tergiversa as demais manifestações culturais (até mais reais e enraizadas) não passa de um atraso monstruoso.
Eu me lembro bem amigo, vamos em busca deste horizonte. E triste daqueles que não conhecem a realidade que os cerca, preferindo mirar naquilo que está longe, mas que obscuros poderes querem fazer com que seja nossa própria identidade.
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