segunda-feira, 4 de maio de 2009

Relatos de uma Virada - parte 2


Depois do show de Arrigo saímos do Teatro Municipal e nos deparamos com uma fila gigantesca para a apresentação de Egberto Gismonti. Decidimos então acompanhar nossos novos amig@s pelo centro de São Paulo. Seguimos para a Av. São João, passando pelo famoso cruzamento com a Ipiranga, e chegamos a tempo de conferir a última música do show de Jon Lord e a Orquestra Sinfônica Municipal(na foto, de Luciana Figueiredo), que tocavam Child in Time do Deep Purple. Incrível é que esta sempre foi a minha preferida do Purple e vê-la ao vivo junto de uma multidão que cantava junto foi surreal.

Aproveitando que estávamos no palco da São João assistimos ao Geraldo Azevedo, que, se não foi novidade, pois eu já o vi em outras oportunidades, fez o povo cantar uma música seguida da outra – incrível como todo mundo sabia todas as canções – acompanhado somente de seu violão e de um flautista.

Tentamos em seguida encarar a fila para o Tom Zé, mas percebemos que seria impossível, pois ela já era bem maior que a do Egberto. Resolvemos correr até o palco samba rock e assistir ao Trio Mocotó, que pos a galera pra dançar. De quebra reencontrei velhos amigos de Floripa e com eles fui ao show de Marcelo Camelo – detesto quando dizem que pareço com ele – e realmente constatei que não gosto de sua obra, pra mim foi tedioso assisti-lo.

Foi tanto o tédio emanado pelo Camelo que resolvemos dar uma descansada no Cine São José, onde acontecia a mostra de filmes de Zumbi – eu sou fã . Quando chegamos estava passando Planeta Terror, do Robert Rodriguez(não é grande coisa, mas tem estilo) e o cinema estava completamente lotado. Demos uma dormidinha no hall de entrada no cinema junto de outras centenas de morgados e conseguimos entrar na sessão do clássico mor A Noite dos Mortos Vivos, de George Romero. Eu já havia assistido, mas foi uma experiência inédita vê-lo num cinema lotado em que a platéia vibrava como num jogo de futebol a cada cena forte do filme. Sentados no chão, alguns espectadores se assustavam mais com as baratas do cinema do que com os mortos-vivos na tela.

Para fechar nossa primeira noite de Virada, assistimos ao grupo de dança de Florianópolis, o Cena 11, no Anhangabaú. Como sempre, uma dança com corpos e movimentos fora dos padrões habituais da dança(seja balé ou mesmo dança contemporânea). Bailarinos obesos, um cão, máquinas de tiro de tinta, telão...tudo isso faz do Cena 11 um grupo único no cenário da dança brasileira. Valeu demais, apesar da minha quebradeira severa a essa altura.

Por fim encaramos um via crucis pelo metrô lotado e fomos dormir às 6h30 da manhã para ainda voltar no dia seguinte, afinal, ninguém é de ferro.

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