terça-feira, 9 de março de 2010

Olê Focus!


Na última quinta-feira, dia 04, fui pela primeira vez ao Bolshoi Pub para conferir o show da banda holandesa Focus. Nos dias de hoje não sou muito envolvido com a cultura rock and roll como fui em outros tempos. Talvez por isso nunca tenha ido a esta casa dedicada ao gênero e também ao blues, principalmente. Cabe observar também os altos preços cobrados pela casa, desde o ingresso até as bebidas, tornando-a um espaço elitizado.

Mas não vim aqui falar disso, mas sim do show da Focus. Eu pouco conhecia da banda, a não ser sua famosa música Hocus Pocus, que me foi apresentada não sei quando pelo meu amigo Lemos. No entanto, como aprecio algumas bandas de rock progressivo, resolvi ir conferir e não me arrependi, pelo contrário, foi muito gratificante ter pago 60 reais para vê-los.

Seu som me lembrou muitas bandas que aprecio, como uma certa fase do Frank Zappa, Yes, alguma coisa de Pink Floyd, outra de Jethro Tull, pitadas de jazz e música clássica. As intervenções vocais do veterano Thijs van Leer, um dos fundadores da banda, possuem um espírito musical libertário, que me remeteu ao som de Hermeto Pascoal. Um caldeirão sonoro efusivo.

A sintonia entre os músicos é total e todos são excelentes em seus instrumentos. Chamou-me a atenção às perfeitas dinâmicas, que em música longas como Eruption foram simplesmente sensacionais. Merece nota também o seguro baterista Pierre van der Linden, explosivo nos momentos certos, apresentando uma técnica apurada. Citei os dois veteranos da banda, mas os novos integrantes Niels van der Steenhoven, na guitarra e Bobby Jacobs , no baixo, mostraram que estão à altura dos músicos originais aos quais substituem.

O show foi dividido em dois blocos, que mantiveram o mesmo nível, levando a galera ao delírio. Entre clássicos como Sylvia e o final entusiasmado com Hocus Pocus, tivemos grandes momentos com Eruption(com diversos climas), La Cathedrale de Strasbourg(com seus climas soturnos), Focus III(melodiosa), Aya-Yuppie-Hippie-Yee(vibrante e alegre), Hurkey Turkey, Pt. 2(com grande pegada). Na verdade, não teve uma que eu não gostei, mas não consigo me lembrar do nome de todas.

No fim, a galera em êxtase gritava “Olê, olê, olé, olêêêê, Focus, Focus!!!”

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