Vi que está em cartaz no Cine UFG uma mostra de filmes do cineasta sueco Ingmar Bergman, com curadoria do meu ex-professor Lisandro Nogueira. É uma oportunidade de ver seus clássicos absolutos, como O Sétimo Selo e Morangos Silvestres, e outras obras fascinantes deste incansável artista.
Lembro-me de quando topei pela primeira vez com esse homem que explorou as profundezas da alma humana em seus filmes. Foi a cerca de 12 anos talvez, quando vi uma resenha em algum jornal anunciando que O Sétimo Selo estava em cartaz no Cine Cultura.
Àquela altura eu era um aficcionado em filmes, mas ainda estava muito preso ao cinema norte-americano e tinha começado a me aventurar em filmes mais antigos, mas ainda não me arriscara além dos coloridos. Resolvi então conferir aquele filme que o jornal tratou como obra-prima e que iria transformar minha visão do cinema, da arte e da vida.
A saga do cruzado Antonius Block, que enfrenta a morte em sua crise de fé, em sua busca da verdade, teve grande impacto sobre a minha visão de mundo, de Deus, da morte. Fiquei marcado pela incognita deixada pelo filme. Por outro lado, esteticamente, alarguei meus horizontes sobre o cinema e descobri que um filme em preto e branco poderia ter muito mais cores que muitos dos filmes coloridos que vemos por ai. Percebi que o cinema era um mundo vasto além de Hollywood e que a arte poderia ser muito mais que somente entretenimento.
Depois disso me tornei frequentador do Cine Cultura e tive grandes experiências cinematográfica naquela pequena sala de cinema. A partir dali nada foi como antes, graças a Bergman.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
O dia em que topei com Ingmar Bergman
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