Recentemente descobri esse músico e compositor gaúcho chamado Vitor Ramil. Nunca tinha ouvido falar. Na verdade, estava procurando alguma coisa do Marcos Suzano pra baixar, fui ao site Um que Tenha e achei o disco Satolep Sambatown, de 2007.
Fiquei curioso e resolvi baixar. E que grata surpresa, o disco logo caiu no meu gosto e agora ando por ai cantarolando suas melodias. Penso que é um dos melhores discos desta década que se encerra, e, como disse meu amigo Kleuber em seu blog, misteriosamente passou despercebido.
O certo é que fiquei tão apaixonado por ele que agora estou descobrindo toda obra de Ramil, que se iniciou em 1981, ano em que nasci. Neste ano ele lançou o album Estrela, Estrela, nome de uma das canções, muito linda por sinal. Este primeiro disco lembra a MPB da época, tem horas que me pareceu muito com Milton Nascimento, e tem até um baião.
O interessante é notar a transformação do artista, que passou cada vez mais a buscar uma estética que evocasse o sentimento do individuo do sul do Brasil, o que ele chama de estética do frio. Albúns como Ramilonga e o recente Delibab trazem esse ideia com força, que aparece um pouco mais diluída em Satolep e também no excelente Tambong.
Depois que eu me familiarizar mais com sua obra voltarei a escrever. Se você também quiser descobrir e ouvir esse fantástico artista, entre no blog Um que Tenha e baixe seus discos. Vale muito a pena.
Vitor Ramil no Um que Tenha
Nos orgulha que um músico de nossa terra tenha caído no gosto de alguém de Goiás.Estamos há três anos em Goiânia, vindos do Rio Grande do Sul, e chegados aqui com uma imensa memória afetiva em torno da música de Vitor: ele faz um efetivo encontro o sol e o norte, as estéticas do frio e do calor tropical brasileiro. Abraços d'A Negra.
ResponderExcluirRealmente ele é motivo de orgulho pros riograndenses do sul, um artista que traz consigo a cultura regional, mas que extrapola e comunica universalmente. Lindo.
ResponderExcluirAbraços!